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São Paulo | Consulado da Bahia

Num longínquo feriado em São Paulo, para ser mais precisa, ali perto do réveillon, procurando onde comer nas imediações da até então recém-aberta estação Fradique Coutinho do Metrô, nos deparamos com um prédio que imitava um casario colorido, festivo. Apurando mais a vista vi que, aquele pedaço de Pelourinho era, na verdade, o Consulado da Bahia. Uma miragem, diga-se, de tão pertinho que tá da saída do metrô ali no bairro de Pinheiros





Já tinha ouvido falar sobre o restaurante, mas não registrei nada em particular, como é sempre uma grata surpresa encontrar comida nordestina bem feita na capital paulista, resolvemos arriscar. Para começar, um Acarajé no Prato (R$ 13,00) e cerveja gelada. Estava gostoso, mas nada fora do comum. Curiosamente o camarão que eles usam não é o seco, que dá um sabor sem igual à iguaria. Entendo que comida do nordeste em São Paulo é mais suave porque o povo não está acostumado com os nossos sabores mais representativos, mas tem algumas coisas que descaracterizam a comida se suavizam demais, é o caso do dendê e do coentro, sabores que eu amo.





Para o prato principal, contrariando as probabilidades, fomos de Carne de Sol do Sertão (R$ 82,00) e acertamos na mosca. Acompanhada de banana da terra grelhada, farofa de feijão de corda na manteiga de garrafapurê de macaxeira (aipim) e arroz da cachaça, a carne estava muito macia, feita no ponto certo para uma boa carne de sol, além de vir numa apresentação bem bonita. Com o calor que estava fazendo nesse dia, junto com o sabor do prato, definitivamente fomos transportados para um botequim sertanejo qualquer, quiçá, sentimos o gostinho da comida da mãe, um momento de felicidade sem igual. 






Definitivamente comer bem em São Paulo não é nada barato, e incluo aí a comida nordestina. Dificilmente nos deparamos com uma conta módica, mas quando a comida é boa vale a pena. Portanto, no Consulado da Bahia saímos no lucro. 

Rua dos Pinheiros, 534 – São Paulo | De terça a sábado das 12 à meia-noite | Domingos das 12 às 22





Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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