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Tour Golden Circle uma introdução à Islândia

Nosso primeiro passeio agendado previamente foi o Golden Circle. Digamos que esse é o tour introdutório do país, é o que tem os atrativos mais “perto” de Reykjavík, a capital, de onde praticamente todo mundo inicia a viagem pela Islândia. Para os viajantes que tem pouco tempo, muitas das vezes, junto com a Blue Lagoon, são as duas atrações visitadas e ponto final. Para nós, foi apenas uma apresentação do que estava por vir,  um começo e, diga-se de passagem, um excelente começo. 


 


Uma dica boa que li em alguns lugares é que se você for fazer algum outro passeio de maior magnitude, tente começar pelo Golden Circle, pois aí sua viagem segue numa crescente de surpresas. E eu achei essa dica muito acertada, pois fui achando tudo mais grandioso ainda com a passagem do tempo. Aliás, passada a viagem, achei a forma como montamos o nosso roteiro muito boa. Compartilho com vocês a ordem das coisas:

Dia 1 
Manhã + Tarde | Golden Circle e Secret Lagoon 
Noite | Northern Lights – Aurora Boreal

Dia 2 
Manhã | Reykjavík 
Tarde | Whale Watching – Observação de Baleias
Noite | Reykjavík

Dia 3
Manhã + Tarde + Noite | Jökulsárlón Glacier Lagoon 

Dia 4
Manhã | Reykjavík
Tarde | Blue Lagoon
Noite | Aeroporto

Antes de falar do passeio propriamente dito, conto um pouco da mecânica do pick-up das agências na Islândia. Ao reservar um tour on-line, seja direto no site da agência, seja no GetYourGuide, por exemplo, você terá um espaço para dizer onde estará hospedado (sempre aparece uma lista dos hotéis/hostels) e/ou qual o ponto mais próximo onde você será apanhado (pick-up). Esse trâmite de recolher os passageiros leva cerca de meia hora e você terá que ficar no hall do hotel (ou no ponto previamente combinado) no horário estipulado. Quando o passeio é feito em carro pequeno, certamente ele já  pegará você no carro do tour. Caso o tour seja em grupos maiores, em ônibus, micro ônibus farão o pick-up e levarão todos até o ônibus destinado ao passeio. No retorno, os passageiros vão sendo deixados onde foram apanhados. Tudo bem organizado. Por falar em organização, algumas empresas entraram em contato por e-mail previamente confirmando o horário do pick-up e o local, não teve erro. 


Reservamos o tour do Golden Circle com a Arctic Adventures, empresa que tem mais de 30 anos de experiência com turismo na Islândia. O passeio que fizemos foi em um grupo pequeno – feito em mini ônibus, com cerca de 15 pessoas – e incluía também a entrada na Secret Lagoon. Ao todo foram 9h de duração, mas sem nenhuma correria e custou 108 euros por pessoa. O nosso guia, que também era motorista, o Adolf, era divertido e cheio de informação, contou a história de cada parada e cada ponto de interesse de forma leve e interessante, sem dúvida ele é uma peça importante no sucesso do tour. 

Golden Circle Tour abriga três incríveis atrações localizadas no sudoeste do país: Parque Nacional ThingvellirÁrea Geotérmica de Geysir e a Cachoeira Gullfoss

A primeira parada é no Þingvellir, lugar de importância histórica e natural para o país. Ali foi fundado, em 930, o parlamento da Islândia, onde leis eram proclamadas, julgamentos eram executados e mulheres afogadas na Drekkingarhylur. Sim, você leu certo. Dezoito mulheres julgadas “infratoras” foram afogadas nas águas dessa “piscina”, a última em 1749. Passado obscuro à parte, vale salientar que hoje a Islândia é considerado melhor país para as mulheres, o mais igualitário do mundo. Já no campo da natureza, é nesse Parque Nacional, que virou Patrimônio da Humanidade em 2004, que podemos observar a divisão entre as placas continentais norte-americana e euroasiática. Dizem que a cada ano essas placas se afastam mais e que um dia a Islândia pode vir a ser divida em duas. 





Deixamos Thingvellir ainda meio boquiabertos com as histórias, o testemunho da força da natureza, a beleza – que posteriormente confirmamos estar presente em 100% dos lugares visitados na Islândia –  e seguimos para a segunda parada, o vale de Haukadalur, conhecido pela sua intensa atividade geotermal. Lá estão dois ilustres gêiseres, o primeiro deles, Geysir – responsável por batizar seus irmãos pelo mundo – que encontra-se adormecido. E o segundo, Strokkur, que segue em plena atividade, jorrando água quente a cada 6-10 minutos cerca de 20 metros acima das nossas cabeças. Em dias mais inspirados essa erupção pode atingir até 40 metros. A paisagem ali parece coisa de outro mundo, vemos vapor d’água por todos os lados e água borbulhando saindo do chão. O cheiro de enxofre é forte, mas a nossa curiosidade é ainda maior. Impossível não se maravilhar com a terra e seu vigor nessa hora.  






Do outro lado da rua tem um grande ponto de apoio – um mix de  restaurante, loja de souvenir, banheiros – e foi onde provamos nossa primeira Kjötsúpa, a famosa sopa de cordeiro. Gostosa e reconfortante, reabastecemos nossa energia para a terceira parada do tour, Gullfoss.


Conseguimos ouvir o som e sentir os respingos dessa poderosa cachoeira de longe, sem nem conseguir avistá-la, já a sentimos. Gullfoss, que em tradução literal significa cachoeira dourada, é simplesmente intimidadora. O volume d’água do rio Hvítá, oriundo do glaciar Langjökull, é imenso e cai em duas etapas em um vale estreito, numa queda de 32 metros de altura. Para chegar mais perto é preciso usar os aparatos à prova d’água, todos eles, porque molha mesmo. E é uma delícia. Para fechar, se tiver sol na visita, o cartão-postal fica completo, é que a Gullfoss é conhecida pelo arco-íris que se forma na sua frente. Até aquela hora foi o mais perto de um que já havia chegado na vida. 



Para acalmar os ânimos de tanta empolgação de um primeiro e impecável contato com a Islândia, partimos para a relaxante Secret Lagoon, que como disse, estava inclusa nesse passeio. Normalmente o tour dura cerca de 7 horas e não inclui essa parada, por isso, vou  fazer um post comparativo à parte da experiência entre as duas lagoas, Blue e Secret, para ajudar àqueles que têm que optar por uma ou outra. 

Mas que o Golden Circle é uma senhora introdução, ah isso é. E vale muito a pena. Prazer em conhecê-la Islândia!


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Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

2 Comentários

  1. Qual é a melhor época para visitar a Islândia?

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    Respostas
    1. Olá, Pequenas Palavras!

      A Islândia é tão massa que não tem uma "melhor época" para visitá-la, sabia? O que vai dizer quando você deve ir ao país são seus objetivos por lá.

      Por exemplo, se você quer ver a Aurora Boreal - fenômeno onde é preciso de escuridão no céu - você deverá programar sua viagem para acontecer a partir do fim de setembro até o fim de abril. Já o sol da meia-noite, quando existe claridade no céu praticamente o dia inteiro, vai de maio até agosto, sendo o pico em junho. Já as cachoeiras, gêiseres, lagoas e mais uma infinidade de coisas que a Islândia oferece, estão lá o ano inteiro, o que muda é a paisagem e um pouco da temperatura.

      Te indico, ainda, esse outro post aqui do blog com várias dicas práticas para uma viagem à Islândia: http://www.raphanomundo.com/2017/10/dicas-praticas-para-uma-viagem-islandia.html

      Se tiver mais dúvida é só falar!

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