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um almoço em Olinda


Morei em Olinda durante muitos anos da minha infância, não sem antes passar por Maceió e Fortaleza – é amigos, viajante desde pequena!

Na minha infância, a cidade alta de Olinda (parte histórica) tinha fama de mal cuidada, violenta, abandonada e de não ser um bom lugar para passeios. Mesmo sendo declarada pela UNESCO Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade desde 1982, tendo um dos carnavais de rua mais famosos do mundo, só num passado recente nós vimos uma revitalização, cuidado e até um carinho com esse lugar tão especial da cidade.

Após muitos anos sem visitar a terra dos bonecos gigantes e da folia, sábado fomos almoçar no famoso restaurante Oficina do Sabor, considerado por diversas vezes um dos melhores restaurantes do Brasil, ele funciona na cidade alta há 19 anos. Já havíamos ido outras vezes, mas há um tempo considerável. Retornamos para ver se as delícias continuavam as mesmas e para almoçar apreciando uma das melhores vistas da cidade.


vista do mar do alto de Olinda

Igreja do Amparo

perdida nas ladeiras de Olinda


Para chegar até a rua do Amparo, 335 – onde fica o restaurante –  já é preciso passar por boa parte das ladeiras e do antigo casario característico da cidade. É de encher a vista! No sábado fazia um sol ameno e os turistas estavam por toda parte. Ateliês, restaurantes e pousadas abertos e funcionando a todo vapor. Lamentei por não ter levado a minha câmera e só estar com a point&shoot mesmo. Com a luz incrível dava para ter feito belíssimas fotos.


Recife ao fundo - vista do terraço da Oficina do Sabor

Pôr-do-Sol visto do terraço do restaurante


detalhes do restaurante

Chegando lá, esperamos 15 minutos pela mesa e a única mesa vaga que nos apareceu foi uma na área climatizada. Ou seja, sem a bela vista para a cidade do Recife. A dica aqui é a seguinte: se não estiver com  muita fome ou sem tempo, espere mais um pouco e diga que quer comer no terraço. Vai valer a pena a espera. O serviço estava bem relapso. Após sentarmos à mesa, esperamos 10 minutos contados no relógio até que um garçom aparecesse para anotar o pedido das bebidas. E ele só veio até nós porque fizemos sinal.  Chato. Todas as vezes que um garçom se aproximou da nossa mesa foi mediante sinal. Falta de cuidado notável com os clientes.
Para começar pedimos caipirosca de limão (R$ 9,00), caipifruta de kiwi (R$ 9,00) e uma bohemia longneck (R$ 4,00). Para acompanhar os aperitivos escolhemos uma porção de bolinhos de bacalhau (R$ 20,00). Tudo no ponto, vale ressaltar.

detalhes do restaurante


detalhes do restaurante

placa da entrada



Para refeição  principal fomos de Camarão ao Leite de Coco na Moranga – para duas pessoas (R$ 84,00). E o prato individual de Camarão no Chitão (R$ 51,00) –  camarão e arroz cozido no leite de coco com suco de manga, curry e finalizado com queijo de coalho. Acho que não estava tão saboroso quanto da última vez e a porção do primeiro prato era muito mal servida. O que vai de encontro ao que prega a culinária nordestina, sempre muito abundante e rica. Principalmente com frutos do mar, coisa fácil de se achar por aqui. Considero que essa refeição foi mediana. Como sobremesa escolhemos o Papelote de Frutas da Estação acompanhado de sorvete de creme (R$ 14,00) e um queijo coalho com mel de engenho (R$ 9,00). Ambas muito gostosas.

caipifruta de kiwi

caipirosca e bolinhos de bacalhau

camarão no chitão

camarão na moranga

papelote de frutas e sorvete de creme

Em resumo, não é à toa que um restaurante se mantém há 19 anos, né? Não chamo nem de pega turista pois existem outras opções pelos arredores. Tem seus méritos mesmo, mas para mim – e essa é a minha opinião – o que eu comi lá das vezes passadas  foi muito melhor do que dessa vez. E o serviço também, sábado deixou muito a desejar. Mas, se você quer muito conhecer Olinda e sua encantadora cidade alta e já tiver colocado a Oficina do Sabor no seu roteiro, tudo bem. Vá pela vista, pelo clima e pelo conjunto da obra, e se você provar algo mais gostoso por aí  não diga que eu não avisei! 

Oficina do Sabor
12h/16h e 18h/0h (sex. até 1h; sáb. sem intervalo até 1h; dom. só almoço até 17h; fecha seg.)
quanto? em média R$ 80,00 por pessoa

Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

4 Comentários

  1. Melhor restaurante do MUNDO, tem pra onde não... AMO a moranga! Ai, morangaaaaaa.... Estás em Recife? Pode se comunicar com agente que nós não vamos lhe assediar muito não, ok? ;D

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  2. Hannitah, não acho o melhor restô do mundo, não. Mas é um lugar bem agradável mesmo. :)
    Tô aqui até domingo, mas na casa de aldeia. Isolada do universo O.o

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  3. Não sei se é o melhor do mundo, mas que eu gosto muito, ah isso gosto! Adoro o clima dele e a comida é deliciosa. Sempre levo o prato da Boa Lembrança!
    Lindas fotos, deu saudades!

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  4. Ah Sut, o clima é incrível mesmo! Acho que mesmo sendo um almoço de negócios dá aquela sensação de férias, né?! E a vista, ah a vista...

    Obrigada pela ilustre visita! :*

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