Não
há como negar, desde sempre os mapas são os melhores amigos dos viajantes. Tem
quem não se entenda bem com eles até hoje, mas graças à evolução da tecnologia,
os mapas aparecem cada vez mais precisos – oi, Google Maps – e mais
fáceis de serem decifrados.
Sem contar que também estão muito mais bonitos,
assim como os globos, os mapas também são considerados obras de arte, que podem
ir de representações fieis até rascunhos futurísticos. Hoje, além da sua função
básica – de orientação –, graças a artistas e designers ao redor do mundo, os mapas podem contar (e contam)
histórias reais e fantásticas. Os mapas
hoje são mais um meio de sonhar.
Um
dos expoentes nessa área de ilustração de viagens é o alemão Martin Haake, que trabalha como ilustrador freelancer
em Berlim e teve suas produções destacadas em muitos anuários de design, além de trabalhar para grandes
marcas como Thomas Cook , Bacardi e Penguin Books. Seu mais recente projeto, o City Atlas – Travel the World with 30 City
Maps, um livro que tem tudo para ser inspirador, será publicado em 9
idiomas, inclusive em português.
Pude
me familiarizar com seu trabalho em 2013 quando comprei o livro A Map
of the World – according to Illustations & Storytellers, onde estão
reunidos os excelentes trabalhos de 94 ilustradores/estúdios. Martin Haake
figura entre eles, assim como o estúdio belga Khuan + Ktron e as lindas
ilustrações para a capa da revista Knack Weekend, trabalho que compartilhei aqui em 2010.
Não é preciso ir tão fundo nas obras desse coletivo para
notar que eles têm os pés no mundo e a cabeça nas nuvens. São inúmeras
representações de mapas de países, de
metrópoles, coloridas, idealizadas, ora maximizadas, ora minimizadas. Em comum esses
artistas compartilham o sensível trabalho de observação do mundo em sua volta.
Basta
a gente divagar um pouco para atestar que viagens e design tem muito mais
semelhanças do que a gente pensa. Para executar os dois ofícios, além de
inspiração, é preciso uma dose de sensibilidade.


Boa semana, viajantes!