Atualizado em 07/12/2022
Como eu disse aqui nesse outro post, nossa última viagem em 2017 foi um passeio de carro por Portugal, começando no Porto e terminando em Lisboa, mas esticando até o Algarve antes. Saindo da Alemanha, chega a ser um choque ver como dá pra comer bem e pagar um preço justo em Portugal. Fomos com toda sede (e fome) ao pote para provar a maior quantidade de sabores possível, afinal de contas, para mim, a cozinha portuguesa é uma das mais gostosas do mundo.
Durante as nossas três noites na querida cidade do Porto deu para revisitar alguns sabores – para quem não sabe, essa não foi a nossa primeira vez na cidade do norte português – e conhecer outros novos. Levamos onze anos para retornar à cidade e durante esse período, um reencontro foi muito aguardado: nós e a francesinha. Sanduíche bem incrementado, típico d’ O Porto, nossa relação com a francesinha foi paixão à primeira mordida.
Café Santiago | Para nossa segunda vez no Porto, buscamos referências para ir atrás da melhor francesinha da cidade. Estávamos repetindo a dose, mas meus pais iam prová-la pela primeira vez, portanto, tínhamos alguma responsabilidade nas mãos. O tradicional Café Santiago – aberto em 1959 –, e recomendado por 8 entre 10 pesquisas, não nos deixou dúvidas e foi a nossa primeira parada. Chegamos já no fim da tarde e não havia muito movimento. O ambiente é simples, como uma lanchonete no Brasil, mas o atendimento foi muito cordial e solícito.
Pedimos uma garrafa de vinho, sagres gelada e uns bolinhos de bacalhau para começar. Quentinhos e fritos na hora, além do preço (1 euro por bolinho), o sabor instantaneamente, conquistou a todos na mesa. Depois de algumas rodadas do petisco, chegou a hora de provar a francesinha mais famosa do Porto. E a sensação foi a mesma do primeiro encontro, a mistura desses vários sabores cobertos por queijo derretido, molho e batatas fritas é mesmo infalível. Voltei 11 anos no tempo nessa pequena mordida. Começamos essa viagem com o pé direito!
Quanto? 45 euros para 4 pessoas com gorjeta inclusa | Metrô: Bolhão
Manteigaria | A famosa fábrica de pastéis de nata de Lisboa abriu suas portas no Norte de Portugal em 13 de julho de 2017. Então, quando o sino tocar nas imediações do Mercado do Bolhão, no Porto, é sinal de que saiu mais uma fornada de deliciosos pastéis – para nós – de Belém quentinha. De fora já é possível ver os funcionários trabalhando no fabrico próprio desse famoso doce português. Como num balé, é bonito de ver a movimentação das pessoas colocando o recheio sobre a massa, abrindo o forno e retirando os pastéis dourados.
Melhor que isso, só provando essa maravilha. Eu sou do time que acha que pastel de Belém, mesmo quando é ruim, ainda é bom. E, diferente de muitos que provamos nesses 10 dias em Portugal, o da Manteigaria do Porto, com seu recheio cremoso, foi um dos meus preferidos. Comemos em pé, perto do balcão onde são feitos, uma parada rápida para adoçar a boca e o passeio, por 1 euro cada.
Metrô: Bolhão
A Cozinha do Manel | Aproveitamos que um dos endereços garimpados para nossa estada em Portugal ficava bem ao lado do nosso hotel e resolvemos jantar despretensiosamente na Cozinha do Manel. Olhamos a ementa (cardápio) afixada diariamente na entrada da casa e resolvemos dar uma chance ao lugar. Sem reserva, conseguimos a última mesa livre. O ambiente tem cara de casa mesmo, parece que estamos sendo recebidos como convidados de um grande evento em família. Nas mesas vizinhas, não conseguimos avistar nenhum turista além de nós mesmos.
A cozinha servida por lá é a autêntica portuense, que conta com um forno a lenha de onde sai – se pedido com pelo menos um dia de antecedência – um cabrito assado que dizem ser dos deuses. Ainda figuram no cardápio cozido, bacalhau, tripas e rojões. Eu escolhi o Filé de Pescada com Arroz de Polvo e o marido foi de Vitelinha Assada em forno com Batata Assada e Arroz de forno. Os pratos eram fartos e estavam gostosos, é um bom lugar para ir em família. Para mim, a grande estrela da noite foi a sobremesa. Tratei de guardar um espacinho, pois havia lido que a Rabanada à moda da casa era coisa de louco. E não é que era verdade? Não pense duas vezes e peça essa rabanada quando visitar A Cozinha do Manel.
Quanto? 40 euros para 2 pessoas com gorjeta inclusa | Metrô: Heroísmo
Capa na Baixa | Vou ser sincera e logo dizer que chegamos ao Capa na Baixa porque sentimos fome fora de hora. Se, por causa do fuso, você não está familiarizado com os horários na Europa, é bem provável que vá sofrer até se adaptar. Como a grande maioria dos restaurantes fecha depois do almoço, às 14 ou 15 horas, é bem possível que, se você sinta fome às 16 ou 17, terá que esperar até às 19, que é quando muitos restaurantes voltam com o serviço do jantar. Para nossa sorte, achamos a Capa na Baixa, uma lanchonete de cardápio vasto que funciona a todo vapor, sem parar, das 11 às 2 da manhã. O atendimento é pra lá de simpático, os pratos são pra lá de fartos e o preço, pra lá de bom.
Pedimos uma Tábua de enchidos– uma seleção de várias salsichas – e mini francesinhas para arrematar. Como a especialidade da casa é o prato típico do norte português, e as porções são bem grandes, eles têm a opção mini do sanduíche, que seria o equivalente à meia porção. A francesinha aqui me pareceu mais potente, com mais tempero e um pouco mais apimentada. Como as receitas variam de cozinheiro para cozinheiro, é quase impossível provar duas francesinhas iguais em lugares diferentes. Cada uma é uma experiência única. Fica a dica da Capa na Baixa se você precisa de um restaurante no Porto que abra fora do horário convencional.
Quanto? 70 euros para 4 pessoas com gorjeta inclusa | Metrô: Aliados
Antunes | Fomos ao Antunes para o nosso jantar de despedida do Porto e não poderíamos ter escolhido melhor lugar para isso. Chegamos à porta da casa cerca de 15 minutos antes de sua abertura e esperamos até às 19 horas em ponto. Assim que abertas as portas, fomos acomodados numa das poucas mesas que não se encontravam reservadas. O Antunes é uma restaurante tradicional do norte de Portugal e tem um cardápio parecido com o da Cozinha do Manel, servindo a cada dia uma especialidade e mantendo alguns pratos fixos na ementa.
Começamos os trabalhos, quase como se fosse um ritual que seguimos à risca nesses dias em Portugal, pedimos vinho tinto e bolinhos de bacalhau. Brindamos e curtimos. O garçom era de uma simpatia ímpar, além de falastrão. Uma coisa em comum que encontramos de norte a sul do país foi gente simpática. Uma maravilha. Pedimos o Pernil Assado no forno a lenha, que veio à mesa quentinho, macio e muito bem temperado. Também provamos outros pratos, mas sem dúvidas, o pernil foi a estrela da noite. Para finalizar, Rabanadas à Antunes porque a gente não é bobo nem nada.
Quanto? 80 euros para 4 pessoas com gorjeta inclusa | Metrô: Trindade
Se fosse para fazer um resumo dessas dicas, ninguém bate a francesinha do Café Santiago, a Rabanada da Cozinha do Manel é fora do comum, o Pernil do Antunes vale a espera, a conveniência do Capa na Baixa é ouro e o pastel de nata da Manteigaria faz a gente querer levar Portugal na bagagem.
Alugue o carro da sua viagem online
Reserve sua hospedagem com cancelamento grátis
Contrate seu Seguro Viagem com cobertura para a Covid-19 e divida em até 12x sem juros
Reserve sua hospedagem com cancelamento grátis
Contrate seu Seguro Viagem com cobertura para a Covid-19 e divida em até 12x sem juros
Tags:
#rolêportuguês
comer
gastronomia
o porto
portugal de carro
top 5
viagem de carro
viagem de inverno