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Dijon | A rota da coruja

A rápida viagem de carro que fizemos pelo sudeste da França nos rendeu algumas surpresas, a maior delas, sem dúvidas, foi o tamanho do charme de Dijon. Colocamos a cidade no roteiro meio sem saber o que esperar, além do óbvio, que a cidade deu nome à mostarda, condimento popular na cozinha francesa e na nossa aqui em casa.





Chegamos relativamente cedo à cidade, no sábado, numa manhã fria porém ensolarada de outono. Eu não havia preparado um roteiro a ser seguido, mas sabia que o turismo de Dijon oferecia um passeio autoguiado que se chama “Le parcours de la chouette”, traduzido para o português como “A rota da coruja”. 

O percurso passa por 22 pontos de interesse no centro histórico de Dijon e, para melhor executá-lo, o visitante pode comprar o livreto (€3,50) contendo o mapa e uma breve descrição de cada ponto, no próprio escritório de turismo da cidade, ou baixar (€2,99) a versão digital. Nós não fizemos nem uma coisa nem outra, mas deveríamos, pois acho que com as explicações dos lugares o circuito turístico ficaria ainda mais rico. De qualquer forma, seguir procurando as plaquetas douradas com a corujinha se mostrou uma atividade divertida. Acredito que, para quem viaja com criança, também seja uma ótima forma de entretê-las. 



Os paradas mais interessantes da Rota da Coruja, para mim, foram o Les Halles, o mercado coberto de Dijon, projetado por Gustav Eiffel – ilustre filho da cidade. Como era sábado, nos arredores do mercado ainda tinha uma feira livre com várias banquinhas, onde numa delas tomamos um chá de menta bem quente que caiu muito bem naquele frio. 



A coruja encravada numa das paredes da Notre Dame de Dijon é outro ponto de destaque. Talhada no século 16, a coruja hoje é o amuleto da cidade, além de símbolo de Dijon. Acredita-se que passando a mão esquerda na pequena coruja – que hoje meio que perdeu a forma – a gente terá sorte. 



Ainda na rue de La Chouette, está a Maison Millière, uma construção que data de 1483, e abre o nossos olhos para o excelente estado de conservação (além da quantidade) das edificações medievais de Dijon. Para quem gosta desse tipo de arquitetura, a cidade é um parque de diversões. Para nossa surpresa, Dijon tem o seu próprio Arco do Triunfo, que lá se chama Porte Guillaume, e na Idade Média era, de fato, um portão de entrada da cidade. 




O interessante da proposta desse city tour autoguiado por Dijon é que ele pode ser feito de acordo com o ritmo de cada um, como e quando quiser. E nós achamos isso uma ideia muito acertada, que definitivamente deveria ser implantada em outros lugares. Tivemos só um dia para explorar a cidade e saímos de lá sem nenhuma mostarda, mas encantados com sua beleza e imponência, achando que não existe forma melhor de aproveitar Dijon senão seguindo a rota da coruja.

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Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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