Se você planeja uma viagem de ônibus por Portugal e quer explorar cidades históricas, visitar Guimarães, Braga e Aveiro é uma excelente pedida. Nesta publicação, mostro como aproveitar o essencial de Guimarães em um dia, com algumas dicas práticas, valores dos ingressos e sugestões de atrações imperdíveis, curiosidades e dicas de onde o que comer naquela que é conhecida como o Berço da Nação Portuguesa.


Como expliquei no primeiro post, onde falo do roteiro completo da nossa viagem de ônibus por Portugal e sul da Espanha, chegamos ao Terminal de Autocarros de Guimarães vindos do Aeroporto do Porto, onde pousamos. Para facilitar o deslocamento, nos hospedamos ali perto, no Hotel Ibis Guimarães Centro, já que no dia seguinte seguiríamos viagem até Braga e depois, Aveiro, a partir dessa rodoviária.
Primeira parada: Castelo de Guimarães e Paço dos Duques
Após deixarmos as malas na recepção do hotel, partimos para conhecer dois dos principais pontos turísticos de Guimarães. O primeiro foi o imponente Castelo de Guimarães, uma das construções mais emblemáticas da história portuguesa. Construído no século X para proteger o mosteiro de ataques mouros e normandos, o castelo também está ligado ao nascimento de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. A entrada custa 5 euros, mas você pode adquirir um bilhete combinado que inclui também o Paço dos Duques de Bragança, um palácio nobre do século XV, com arquitetura gótica e mobiliário da época, que recria o cotidiano da nobreza portuguesa.
Subida à Montanha da Penha com o Teleférico de Guimarães
A próxima parada foi o Teleférico de Guimarães, uma das atrações mais curiosas da cidade. O teleférico conecta o centro da cidade ao alto da Montanha da Penha, oferecendo vistas panorâmicas e acesso a trilhas, parques e áreas de piquenique. A subida foi surpreendentemente longa – são 400 metros de altitude em um percurso de 2km de extensão –, mas foi também uma viagem bem agradável. Há quem suba de carro (ou a pé, sim, a pé) e desça de teleférico, ou faça o contrário. Nós subimos e descemos com a gôndola para evitar a fadiga 😝. O ingresso ida e volta/adulto custou 10 euros.
Uma vez lá em cima, rodeados de verde, seguimos subindo um pouco mais até chegar ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha. Ali há um Miradouro que está a 617 metros de altitude. Não preciso nem dizer que a vista a partir dele é espetacular, não é?
Almoço no Centro Histórico de Guimarães
Após a visita ao alto da Montanha da Penha, voltamos ao centro com o teleférico e seguimos caminhando em direção ao coração de Guimarães. O caminho, como em toda cidade histórica portuguesa, foi cheio de desvios deliciosos, nos encantamos com o Largo da República do Brasil, seus jardins bem cuidados e a bela Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. Dali ainda conseguíamos ver o topo da montanha de onde tínhamos acabado de descer.

Seguindo pelas ruelas estreitas e cheias de charme, chegamos à Rua Egas Moniz, com seus casarões antigos e algumas fachadas de azulejos. Ali encontramos a Taberna d’Avó, uma casa de comida típica portuguesa. Mesmo sem reserva, fomos muito bem recebidos por volta de uma e meia da tarde, em plena quarta-feira. Para aplacar o calor, pedimos um vinho verde bem gelado e aceitamos a sugestão da garçonete: uma degustação variada de petiscos e um dos arrozes da casa, por 18 euros por pessoa.
Foi uma verdadeira experiência gastronômica. Provamos azeitonas, moelas, risoles, bolinhos de bacalhau, pataniscas, costelinha de porco desmanchando de tão macia, feijão fradinho com atum, cebola no vinho tinto… E, para fechar com chave de ouro, um arroz de bacalhau saboroso e caseiro. Saímos de lá muito satisfeitos, mas com um espacinho para a sobremesa.
Seguimos pelas ruas do Centro histórico de Guimarães, passando pelo Largo da Oliveira, com endereço era certo: a Confeitaria Clarinha. Mas, de novo, em Portugal sempre tem algo no meio do caminho que nos chama a atenção. Os mais atentos (e que também olham para baixo) vão se deparar com a concha de vieira, o símbolo do Caminho de Santiago, cravada nas pedras das ruas do centro da cidade.
Fui pesquisar e descobri que há peregrinos que começam o Caminho de Santiago em Guimarães, seguem a pé rumo a Braga e, depois, entram na rota tradicional pelo Caminho Central Português ou pelo Caminho da Costa.
Adoro essas curiosidades e desdobramentos que acontecem quando a gente viaja!
Não deixe de provar a Torta de Guimarães
Voltando ao nosso roteiro, encerramos o passeio na Confeitaria Clarinha, uma pastelaria tradicional e parada obrigatória para os amantes da doçaria portuguesa. Se estiver em Guimarães, não deixe de provar a Torta de Guimarães. Engana-se quem pensa que se trata de um bolo, visualmente, ela se parece com uma empanada. É um doce de massa fina e folhada, cristalizada com açúcar, recheado com um delicioso creme feito de ovos, chila (ou gila) e amêndoas. O preparo leva impressionantes 36 horas, o que mostra o cuidado artesanal envolvido nesse processo.
Nos arredores do Largo do Toural, numa muralha medieval, está a inscrição: “Aqui nasceu Portugal.” E depois de um dia explorando a cidade, dá mesmo pra sentir o peso dessa frase. Guimarães tem aquela junção perfeita de história viva, comida boa e passeios agradáveis. Mesmo com pouco tempo, a visita vale muito a pena e, sem dúvida, seguimos para o próximo destino com aquele gostinho de quero mais.
Após deixarmos as malas na recepção do hotel, partimos para conhecer dois dos principais pontos turísticos de Guimarães. O primeiro foi o imponente Castelo de Guimarães, uma das construções mais emblemáticas da história portuguesa. Construído no século X para proteger o mosteiro de ataques mouros e normandos, o castelo também está ligado ao nascimento de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. A entrada custa 5 euros, mas você pode adquirir um bilhete combinado que inclui também o Paço dos Duques de Bragança, um palácio nobre do século XV, com arquitetura gótica e mobiliário da época, que recria o cotidiano da nobreza portuguesa.
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Mesmo sem entrar nos prédios, vale a pena caminhar pelos arredores e admirar a vista, especialmente em dias ensolarados. No final de maio, o clima estava ameno pela manhã, mas os termômetros já batiam os 33 °C nas horas mais quentes do dia.
Mesmo sem entrar nos prédios, vale a pena caminhar pelos arredores e admirar a vista, especialmente em dias ensolarados. No final de maio, o clima estava ameno pela manhã, mas os termômetros já batiam os 33 °C nas horas mais quentes do dia.
Subida à Montanha da Penha com o Teleférico de Guimarães
A próxima parada foi o Teleférico de Guimarães, uma das atrações mais curiosas da cidade. O teleférico conecta o centro da cidade ao alto da Montanha da Penha, oferecendo vistas panorâmicas e acesso a trilhas, parques e áreas de piquenique. A subida foi surpreendentemente longa – são 400 metros de altitude em um percurso de 2km de extensão –, mas foi também uma viagem bem agradável. Há quem suba de carro (ou a pé, sim, a pé) e desça de teleférico, ou faça o contrário. Nós subimos e descemos com a gôndola para evitar a fadiga 😝. O ingresso ida e volta/adulto custou 10 euros.
Uma vez lá em cima, rodeados de verde, seguimos subindo um pouco mais até chegar ao Santuário de Nossa Senhora do Carmo da Penha. Ali há um Miradouro que está a 617 metros de altitude. Não preciso nem dizer que a vista a partir dele é espetacular, não é?
Almoço no Centro Histórico de Guimarães
Após a visita ao alto da Montanha da Penha, voltamos ao centro com o teleférico e seguimos caminhando em direção ao coração de Guimarães. O caminho, como em toda cidade histórica portuguesa, foi cheio de desvios deliciosos, nos encantamos com o Largo da República do Brasil, seus jardins bem cuidados e a bela Igreja de Nossa Senhora da Consolação e Santos Passos. Dali ainda conseguíamos ver o topo da montanha de onde tínhamos acabado de descer.

Seguindo pelas ruelas estreitas e cheias de charme, chegamos à Rua Egas Moniz, com seus casarões antigos e algumas fachadas de azulejos. Ali encontramos a Taberna d’Avó, uma casa de comida típica portuguesa. Mesmo sem reserva, fomos muito bem recebidos por volta de uma e meia da tarde, em plena quarta-feira. Para aplacar o calor, pedimos um vinho verde bem gelado e aceitamos a sugestão da garçonete: uma degustação variada de petiscos e um dos arrozes da casa, por 18 euros por pessoa.
Foi uma verdadeira experiência gastronômica. Provamos azeitonas, moelas, risoles, bolinhos de bacalhau, pataniscas, costelinha de porco desmanchando de tão macia, feijão fradinho com atum, cebola no vinho tinto… E, para fechar com chave de ouro, um arroz de bacalhau saboroso e caseiro. Saímos de lá muito satisfeitos, mas com um espacinho para a sobremesa.
Seguimos pelas ruas do Centro histórico de Guimarães, passando pelo Largo da Oliveira, com endereço era certo: a Confeitaria Clarinha. Mas, de novo, em Portugal sempre tem algo no meio do caminho que nos chama a atenção. Os mais atentos (e que também olham para baixo) vão se deparar com a concha de vieira, o símbolo do Caminho de Santiago, cravada nas pedras das ruas do centro da cidade.
Fui pesquisar e descobri que há peregrinos que começam o Caminho de Santiago em Guimarães, seguem a pé rumo a Braga e, depois, entram na rota tradicional pelo Caminho Central Português ou pelo Caminho da Costa.
Adoro essas curiosidades e desdobramentos que acontecem quando a gente viaja!
Não deixe de provar a Torta de Guimarães
Voltando ao nosso roteiro, encerramos o passeio na Confeitaria Clarinha, uma pastelaria tradicional e parada obrigatória para os amantes da doçaria portuguesa. Se estiver em Guimarães, não deixe de provar a Torta de Guimarães. Engana-se quem pensa que se trata de um bolo, visualmente, ela se parece com uma empanada. É um doce de massa fina e folhada, cristalizada com açúcar, recheado com um delicioso creme feito de ovos, chila (ou gila) e amêndoas. O preparo leva impressionantes 36 horas, o que mostra o cuidado artesanal envolvido nesse processo.
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Caso você nunca tenha ouvido falar de chila, é um tipo de abóbora usada na doçaria conventual portuguesa. Mas não se preocupe, o sabor do doce é suave, em nada lembra o legume. Pelo contrário, a torta é incrivelmente saborosa. Nós ainda provamos o Toucinho do Céu de Guimarães (que, confesso, não gostei) e a Douradinha de Guimarães, que ganhou meu coração. Primeiro pelo nome simpático, Douradinha 😌, depois pelo sabor e o equilíbrio perfeito entre crocância e maciez do doce. Ah, os doces custam menos de 3 euros cada e descem muito bem com um cafezinho.
Caso você nunca tenha ouvido falar de chila, é um tipo de abóbora usada na doçaria conventual portuguesa. Mas não se preocupe, o sabor do doce é suave, em nada lembra o legume. Pelo contrário, a torta é incrivelmente saborosa. Nós ainda provamos o Toucinho do Céu de Guimarães (que, confesso, não gostei) e a Douradinha de Guimarães, que ganhou meu coração. Primeiro pelo nome simpático, Douradinha 😌, depois pelo sabor e o equilíbrio perfeito entre crocância e maciez do doce. Ah, os doces custam menos de 3 euros cada e descem muito bem com um cafezinho.
Nos arredores do Largo do Toural, numa muralha medieval, está a inscrição: “Aqui nasceu Portugal.” E depois de um dia explorando a cidade, dá mesmo pra sentir o peso dessa frase. Guimarães tem aquela junção perfeita de história viva, comida boa e passeios agradáveis. Mesmo com pouco tempo, a visita vale muito a pena e, sem dúvida, seguimos para o próximo destino com aquele gostinho de quero mais.