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Suécia | 5 coisas para fazer em Estocolmo no outono

Nossa penúltima viagem do ano, um pulinho na Suécia a caminho da Noruega para comemorar o meu aniversário, começou na interessantíssima Estocolmo. A capital sueca é a mais populosa das cidades dos países nórdicos, mas mesmo com esse título, Estocolmo me pareceu ainda muito tranquila. Não sei se foi a época do ano, quando a escuridão começa a tomar conta da cidade logo cedo e o frio intenso que vai ganhando ainda mais força – e esses fatores poderiam tirar algumas pessoas das ruas –, mas Estocolmo me pareceu acomodar tudo e todos muito bem. Os nórdicos são experts em ditar tendências em muitas áreas, mas nada se compara à vocação que eles têm para o bem-estar. 

Se os dinamarqueses ganharam o mundo compartilhando sua ideia de conforto e aconchego sintetizados no estilo Hygge, os suecos não ficam atrás e começam a compartilhar o Lagom, palavra sueca que significa com moderação, em equilíbrio… E foi seguindo essa tendência, nem a mais nem a menos, sem correria, que conseguimos fazer 5 atividades em um dia em Estocolmo. No nosso roteiro pela cidade teve comida, fotografia, livros e algumas outras coisas interessantes para fazer em apenas um dia em pleno outono sueco. 


Visitar Estações de metrô | Sim, você leu certo! Minha primeira dica do que fazer em Estocolmo (principalmente quando está congelante lá fora) é visitar as estações de metrô da cidade. É bem verdade que não dá para fugir do transporte público nas viagens pela Europa, e na capital sueca, se eu fosse você, não deixaria passar essa oportunidade, porque as estações de metrô lá são verdadeiras obras de arte. 




Muitas vezes chamadas de “a mais longa galeria de arte do mundo”, essas estações começaram a ser decoradas por vários artistas em 1950, hoje noventa das cem estações têm uma decoração especial. Com tempo, eu teria visitados todas, mas como nosso roteiro era sé de um dia, conheci as mais emblemáticas, a T-Centralen e a Stadion Station. O bilhete de 24h para o transporte público de Estocolmo custa 125 SEK (+ 25 SEK pelo cartão SL-Acess) e a beleza das estações está incluída no valor da passagem;

Tomar um brunch | Como Estocolmo (e todas as cidades nórdicas) são uma espécie de Disney dos Hipsters, a refeição no alvo dessa tendência hoje em dia não poderia ficar de fora do nosso roteiro. Procuramos um lugar especializado em café da manhã em Estocolmo e achamos o excelente Greasy Spoon. Com duas filiais na capital sueca, escolhemos a que fica convenientemente próxima à biblioteca pública da cidade e do nosso hostel. Não fizemos reserva prévia nem nada, só tentamos chegar cedo e deu certo. Em dia de semana não me pareceu tão disputado assim. O atendimento foi bem simpático e o ambiente era bem tranquilo. 



Escolhemos Corn Fritters e Full English Breakfast, além de suco de laranja com cenoura e café americano - esse com refil à vontade. Os pratos vieram bem apresentados e fartos, excelente para repor as energias que precisávamos para um dia inteiro de passeio pela frente. Gastamos 330 SEK na refeição e saímos muito satisfeitos.

Conhecer a Stadsbibliotek | Aos amantes dos livros e da arquitetura, Estocolmo, a exemplo de Stuttgart, tem uma biblioteca pública belíssima. Enquanto a alemã é moderna, clean e bem futurística, a sueca aposta na grandiosidade e no aconchego que muitos livros juntos podem trazer. 



Seu prédio, em formato cilíndrico, projetado pelo arquiteto sueco Gunnar Asplund, é uma das estruturas mais notáveis de Estocolmo. São mais de 2 milhões de livros contemplados em mais de 100 idiomas. Não se paga nada para entrar e, certamente, você sairá melhor do que entrou;


Ver a fotografia sob uma lente de aumento | A ideia aqui, na verdade, é que você visite um dos muitos museus de Estocolmo. No meu caso, como amante da fotografia, não poderia perder a oportunidade de visitar o Fotografiska, um espaço totalmente dedicado à arte da fotografia e uma das atrações turísticas mais disputadas da capital sueca, recebendo mais de 500.000 visitantes por ano. 



Nesse grande galpão são promovidas exposições grandes e pequenas, cursos, encontros, além de projetos sociais. Nomes como Annie Leibovitz, David LaChapelle e Sebastião Salgado já foram destaque no Fotografiska, cuja a ideia foi tão bem aceita pelo público e pela crítica que o modelo já foi exportado para as cidades de Nova York e Londres. A entrada do museu custa 155Kr (cerca de €15) e ele está aberto de domingo a quarta das 09:00 às 23:00 e de quinta a sábado, das 9:00 à uma da manhã.

Comer frutos do mar frescos no mercado | O Östermalms Saluhall já foi eleito o melhor food hall do mundo pela revista Bon Appétit, mas nem precisava dessa chancela, já que há mais de 130 anos o mercado atrai turistas do mundo todo e é um dos queridinhos dos locais. O prédio histórico do mercado encontra-se em reforma, mas como eles não são bobos nem nada, do outro lado da rua foi construído um espaço para que as bancas reabrissem e continuassem servindo suas delícias. São cerca de 17 comércios divididos entre bares, restaurantes, cafés e docerias, além das tradicionais bancas de insumos. Tudo muito enxuto, mas lindamente apresentado, tornando quase impossível terminar o passeio pelos seus corredores sem vontade de provar alguma coisa. 



Nós fomos impactados pelo Smørrebrød, o sanduíche aberto dinamarquês, coberto por camarões frescos. Outra deliciosa versão servida pelo Nybroe Smørrebrød foi a de roastbeef. Tudo acompanhado de uma cerveja, também dinamarquesa, gelada. Felizes com a refeição, mas ainda não totalmente satisfeitos, queríamos experimentar mais. E como diz o ditado, na Suécia como os suecos, paramos no Robert´s Coffee para nossa primeira fika. Palavra sueca que significa “pausa para o café”, fika faz parte do estilo de vida dos suecos. Hoje eles já dizem que a palavra significa muito mais do que simplesmente tomar um café, que ela está totalmente atrelada a um momento de bem-estar e esse momento é acompanhado além de café, por comidas gostosas. Compartilhado com os amigos, em casa, no trabalho e, claro, em um café, fika é para ser feita várias vezes ao dia. A nossa foi feita ainda no Saluhall, onde provamos um Pão de Açafrão e um Cheesecake maravilhosos, acompanhados por café simples. 

Sem dúvida deixamos Estocolmo felizes, levando fika na mala e com muita vontade de voltar logo;

Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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