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Maskpackers - Turismo na Pandemia | Pipa (Rio Grande do Norte)

A publicitária e empreendedora Juliana Nascimento (28) e o marido, também publicitário, Bruno Borges (32), aproveitaram uns dias de férias e deram uma escapada, de carro, do Recife até Pipa, litoral sul do Rio Grande do Norte. O casal, que preferiu viajar no meio da semana por acreditar que a região estaria menos concorrida, acertou em cheio, o balneário estava bem menos disputado do que é nos fins de semana e feriados. Juliana conta, ainda, que eles deram preferência aos lugares ao ar livre, bem como restaurantes onde eles puderam observar alguma rigidez no cumprimento dos protocolos sanitários e de segurança. Após retornarem pra casa saudáveis e em segurança, eles contaram para a Maskpackers sobre a viagem e a experiência de viajar durante a pandemia 

Pra onde foi (destino da viagem) e quanto tempo ficou? 
Fomos para Pipa / RN e ficamos 2 noites.


Como viajou? Quais medidas você observou que foram tomadas durante o deslocamento?
Fomos no nosso carro de Recife, cerca de 3h30 de viagem, por isso não sei informar sobre os transportes coletivos. Mas notei uma barreira sanitária na saída de Pipa.

Juliana e Bruno fazendo turismo durante a pandemia 
Foto: Arquivo pessoal
Onde se hospedou? O que te levou a escolher esse tipo de hospedagem? A pandemia pesou na sua escolha?
Nos hospedamos numa pousada chamada Pipa Mediterrânea. Preferimos este tipo de acomodação por causa do custo-benefício. Somos apaixonados por um bom café da manhã (que nem todo hostel e o airbnb oferece) e também não estávamos dispostos a pagar o preço de um hotel. Escolher um lugar bem avaliado e que demonstra seguir os protocolos de segurança foi essencial para nos sentirmos mais seguros. 

Você observou cuidados especiais por causa da pandemia durante sua hospedagem? Quais?
A pousada tinha medidor de temperatura logo na entrada, exigia o uso de máscara nas áreas comuns e álcool disponível, além de troca de itens de cama e banho mediante um pagamento de taxa (R$ 10) e gratuita a partir do 3º dia de hospedagem. Tudo era muito limpo e organizado. Percebemos um cuidado especial com isso.

Além disso, tomamos nossas próprias medidas durante a viagem. Além de usar máscara o tempo todo (tirando apenas para fotos ou comer), andamos com álcool gel na bolsa e sempre o mais longe possível das pessoas. Sempre que chegávamos da praia ou de algum passeio, higienizávamos os objetos (principalmente celular e carteira), separavámos as roupas usadas em uma sacola e íamos direto pro banho. Pensei em levar nossas toalhas, mas no final não fazia muito sentido, já que iria usar as roupas de cama da pousada. 

De toda forma, acredito que nossa principal medida de segurança foi viajar durante a semana (um privilégio por estar de férias). Fomos numa terça e retornamos na quinta, assim encontramos a cidade mais vazia para passeios e fotos. 


Contratou tours, passeios ou explorou o destino por conta própria? 
Contratamos um passeio de quadriciclo para conhecer alguns pontos turísticos (R $ 150 por 2h30 de passeio), mas o restante exploramos por conta própria e a pé


Andou de transporte público na cidade visitada? Como foi a experiência?
Não. Pela cidade ser pequena, exploramos tudo a pé e com o carro apenas para ir numa praia um pouco mais afastada

As famosas falésias de Pipa, Rio Grande do Norte
Foto: Juliana Nascimento / Arquivo pessoal


Visitou atrações fechadas ou deu preferência aos pontos turísticos ao ar livre? 
Como o destino foi praia, ficamos sempre ao ar livre.


Frequentou restaurantes? Observou mudanças por causa da quarentena? Quais? 
Sim, após pesquisar no Google a nota e comentários, demos preferência aos restaurantes com menor quantidade de pessoas e que estavam seguindo as normas de segurança.

Indico o Aruman. Os atendentes estavam sempre de máscara, fazendo a higienização das mesas com frequência. Ficamos perto da janela para aproveitar a circulação de ar. As mesas também estavam intercaladas, cumprindo o distanciamento.

Também presenciei no estabelecimento algumas pessoas serem "barradas" de entrar por não estarem de máscara ou se recusarem a colocar. Além disso, o atendimento foi excelente e a comida e os drinks estavam perfeitos.


Precisou contratar um seguro viagem para a ocasião? 
Geralmente não contratamos esse tipo de serviço.


Se sentiu segura durante toda a viagem?
Sim, apesar de não totalmente confortável, afinal estamos em uma pandemia, consegui aproveitar o passeio tomando os cuidado necessários. Infelizmente vimos algumas pessoas descumprindo as regras, participando de aglomerações e sem proteção, mas é importante fazer a nossa parte independente disso e ficar distante, na medida do possível.

Ju Nascimento conhecendo Pipa e região de quadriciclo
Foto: Arquivo pessoal
Com base na sua experiência, qual dica você dá para quem está pensando em viajar durante a pandemia?
Como falei anteriormente, minha principal dica, caso possa, é viajar durante a semana e escolher destinos com pontos turísticos ao ar livre. Pesquisar comentários no Google da hospedagem e indicações de quem já foi também é super importante para se sentir mais seguro com a escolha. Ser seletivo e escolher restaurantes realmente comprometidos com a segurança dos clientes. Por mais badalado que o lugar seja, ele não vale seu dinheiro e, principalmente, sua saúde.

Gostaria de frisar também a importância de, na volta da viagem, evitar o contato desnecessário com outras pessoas. Aguardamos cerca de uma semana para identificar algum tipo de sintoma para não colocar em risco nossos familiares e amigos mais próximos. Querendo ou não é uma viagem, não temos o controle de higienização como temos em nossa casa, por isso é importante ter cautela e bom senso.

Sobre a Maskpackers 

Observando colegas que moram no Brasil e no mundo fazendo rápidas viagens, turistando em suas próprias cidades, aproveitando rápidas férias ou feriados para recarregarem as baterias a fim de aplacar os efeitos negativos do isolamento causado pelo surto da Covid-19, resolvi criar uma coluna onde entrevisto uma série de viajantes (e pessoas que de alguma forma estão envolvidas com o turismo) e chamá-la de Maskpackers – uma brincadeira em inglês com as palavras mask e backpackers, “mochileiros de máscara”. 

Enquanto uma vacina não é desenvolvida, tentamos viver uma vida alternando entre o medo de se contaminar com o coronavírus e a dificuldade de se isolar. Como a máscara hoje se tornou um símbolo de quem adere às medidas de segurança, algumas pessoas passaram a viajar de um novo jeito e compartilham aqui com vocês quais são as impressões, cuidados e recomendações de quem viaja durante a pandemia. 

Aviso: aproveito para deixar claro que esse projeto não é um incentivo às viagens. A pandemia não acabou. Esse trabalho tem um cunho jornalístico com o intuito de relatar experiências de pessoas que ao mesmo tempo em que estão tentando se adaptar à nova realidade, acreditam na seriedade do assunto.



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Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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