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Hotel que cumpre protocolos de segurança da Covid-19 em Zurique

Quinhentos e quatro dias. Eu passei todos esses dias dormindo na minha cama, sem ficar em hotel ou qualquer outro tipo de hospedagem convencional, até que na última semana eu coloquei um fim nesse jejum. Vinte dias após a nossa total vacinação, nós conseguimos tirar uma semana de férias e viajamos de carro da Alemanha até a Suíça. 



Nossa primeira parada foi em Zurique, cidade que havíamos visitado brevemente em 2011 e na ocasião não nos hospedamos porque fizemos uma conexão longa durante um voo entre a Europa e o Brasil. Mas agora passaríamos 3 noites na cidade e a ideia era achar um hotel bacana para essa experiência. E por bacana, nos dias de hoje, eu quero dizer: que tenha protocolos de higiene e segurança contra Covid-19 claros. 

É, amigos, são novos tempos, temos novas prioridades. 

Como estávamos de carro, uma outra prioridade era o hotel ter estacionamento, se fosse incluso na diária, melhor. 


E assim, com esses novos critérios de busca por uma hospedagem, cheguei ao Placid Hotel Zurich. De cara, descobri que ele opera sob o selo Clean & Safe, criado por organizações de hospitalidade da Suíça com o intuito de que estabelecimentos sigam regras unificadas de higiene e segurança. Dá pra ler mais sobre a iniciativa, em português, nesse link


Como foi a chegada e o check-in em Zurique

Chegamos à tarde ao hotel, após a hora estipulada para o check-in (15 horas) e segundo o e-mail orientativo que eles enviam antes da nossa chegada, podemos ir direto ao estacionamento do subsolo e subir para realizar os trâmites de chegada. Uma barreira de acrílico separa os hóspedes dos funcionários no balcão da recepção. Bem como há claras marcações de distanciamento no chão. 




Máscaras são obrigatórias nas áreas comuns internas do hotel e elas escondem o sorriso cordial dos funcionários, mas Melanie, a recepcionista que fez nossos check-in e check-out, era de uma simpatia que extrapolava qualquer barreira física. Aliás, todos os funcionários do Placid Hotel foram muito simpáticos a todo momento. 


Essencial: hotéis com quartos com janelas que abrem


Do caminho da recepção até o nosso quarto, no último andar do prédio, encontramos totens com líquido desinfetante para as mãos. Não havia nenhuma orientação quanto ao uso dos elevadores, mas como era fim de semana (e o hotel tem sua ocupação nas viagens de negócios) raramente usamos os elevadores acompanhados. Mas ressalto que as pessoas não ligam se tem gente ou não no elevador, elas não pensam duas vezes antes de entrar. Para nossa segurança, a gente tenta usar quando está vazio. 

Recebemos o quarto 1120, da categoria de entrada do Placid Hotel, a Urban Design Room. É um quarto relativamente pequeno, ótimo para estadias breves como a nossa. São 19 metros quadrados decorados em estilo industrial, com muita madeira, cimento queimado e ladrilho hidráulico, do jeito que eu gosto. O cômodo parecia que estava há algum tempo fechado, mas assim que entramos, lançamos mão dos nossos lenços desinfetantes e reforçamos a limpeza que o hotel afirma já ter sido reforçada. Limpamos controle remoto, maçanetas e superfícies que eventualmente tocaríamos mais. Seguro morreu de velho, né?




A cama, tamanho Queen-Size, tinha 4 travesseiros e era MUITO macia. Não sei se é resultado dos 504 dias dormindo no mesmo lugar, mas estranhei demais a cama do hotel. A área do banho era separada do quarto apenas por um vidro e o chuveiro era direto, tipo nuvem, e não as duchas que estamos acostumados a ver aqui na Europa. As amenities eram bem comuns, da linha "be different", tem espaço para melhorar. O quarto ainda tem tv de 32 polegadas, poltrona, área de trabalho, máquina Nespresso com pads, chás e água de cortesia.

Por causa da pandemia, o hotel não estava oferecendo serviço de quarto nem frigobar, mas era possível solicitar sem custo adicional uma mini geladeira para armazenar bebidas providenciadas por nós mesmos. Achei uma boa!


O grande chamariz do nosso quarto, sem dúvida, foi o janelão do tamanho de uma parede que permite uma vista panorâmica de Zurique. E o melhor, apertando um botão, essa janela abre possibilitando que o quarto seja arejado quando necessário. Um grande diferencial das hospedagens nos dias de hoje. 


Café da manhã e extras do Placid Hotel em Zurique


Fizemos a reserva incluindo o café da manhã, unicamente porque de antemão eu vi que além da área de restaurante, o hotel contava com um espaço ao ar livre para refeições também. O único problema seria o tempo, caso esfriasse ou chovesse, a área externa ficaria pouco convidativa. De qualquer forma, o ambiente interno do restaurante – que é aberto ao público para almoço e jantar –, tinha janelas abertas na parte de cima, o que garantia a circulação de ar da área. 

Pelo que pude observar, o buffet estava reduzido e alguns pratos porcionados previamente, como era o caso da salada de frutas e do mingau, ou porridge, servidos em porções individuais em copinhos de vidro tampados e armazenados numa estufa fria fechada, local onde também se encontravam os iogurtes e os queijos tipo Gruyère e Emmental – típicos do país –, também embalados individualmente. 



De resto, as coisas estavam dispostas como normalmente encontramos. Ovos, bacon e salsichas servidos no rechaud. Café, leite e água quentes servidos na máquina, sucos artificiais de laranja e grapefruit self service, além de cereais, geleias, mel e pães. A orientação aqui era só retirar a máscara quando estivéssemos sentados fazendo a refeição. E pelo que pude observar, todo mundo cumpria a regra.

O Placid Hotel em Zurique ainda conta com alguns extras que não utilizamos durante a nossa breve estada: academia, empréstimos de bicicletas e patinetes, além de terraços no último andar. 


 

Tranquilidade é a amenidade que todo hotel deveria se preocupar em ter nos dias de hoje


Viajar em tempos pandêmicos é desafiador e um ato de coragem, atitudes e ações que a gente tinha automaticamente antes da pandemia, hoje tem que ser revistas e muito bem pensadas, pois qualquer falha pode acarretar num problema grave pra gente e para os outros. Se a gente quiser continuar viajando é preciso firmar um pacto coletivo onde um protege o outro – não só nas viagens, né? – mas vejo que as pessoas falham, que elas querem apenas voltar para onde paramos, sendo que esse caminho nos trouxe até aqui. Repetir a estrada seria burrada. 

É preciso rever, repensar e recriar. Os hotéis, pensados em um outro momento para uma outra solução, têm tentado se adaptar ao novo momento, mas acho que tem espaço para melhorias. É aguardar como se comportarão as hospedagens que serão criadas daqui pra frente, com a cabeça e necessidades de um mundo pandêmico, porque ao meu ver, ou muda, ou acaba. É preciso pensar que tranquilidade é a amenity que todo hotel deveria ter hoje em dia.

De qualquer forma, não foi uma experiência ruim essa hospedagem em Zurique, pelo contrário, o hotel preencheu todos os requisitos que estipulei para uma hospedagem segura em tempos de pandemia. Recomendo. Reserve aqui o Placid Hotel em Zurique

❗ Em tempo, pagamos 133 euros na diária para o casal, com estacionamento e café da manhã inclusos, um preço bem razoável em termos de Suíça.



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Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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