ƒ Tapas, tacos e café da manhã: onde comer bem e (às vezes) barato em Madri

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Tapas, tacos e café da manhã: onde comer bem e (às vezes) barato em Madri

No começo desse mês passamos cerca de 10 dias na Espanha divididos entre o balneário Benidorm e Madri. Repetimos a visita à capital espanhola para mais uma vez visitar o festival Mad Cool e aproveitamos para trazer mais um conteúdo de lugares para comer na cidade. Dessa vez, ficamos bem hospedados no excelente B&B Hotel Madrid Centro Plaza Mayor. Foram 5 noites em um quarto super confortável e limpo, com ar condicionado e frigobar (essenciais durante o verão espanhol) além de um banheiro amplo, com tudo novinho. A localização era um diferencial dessa hospedagem, além de estar próxima a duas estações de metrô (Tirso de Molina e Sol), o hotel está na cara do gol de vários pontos turísticos de Madri, como a Plaza Mayor, o Mercado de San Miguel e a praça onde se encontra a estátua El Oso y El Madroño, símbolo da cidade. E foi por estar numa localização privilegiada que nos beneficiamos das muitas opções de bares e restaurantes, aproveitando para fazer tudo praticamente a pé pela região. 

Comemos tapas, bocadillos, tacos, galeto, tomamos drinks, café da manhã, enfim, as mais variadas opções. Compartilho os endereços testados e aprovados a seguir: 

Mix de tapas bar do Matador em Madri

Brunch no Gosto Café na capital espanhola

Drinks em Madri: Margarita Maracuya do El Chulito

Café da manhã de domingo em Madri

Os tradicionais bocadillos do La Campana

Café da manhã vegano: Tosta do Dale Café


Para comer tapas: Matador | As tapas são um elemento essencial da gastronomia da Espanha. Tradicionalmente, são pequenas porções de comida, geralmente servidas em bares e tabernas, muitas vezes são acompanhadas de uma bebida – cerveja, vinho, sangria, tinto de verano… A prática de "tapear" (sair para comer tapas) é parte da cultura espanhola. E a gente adora esse hábito. Como um casal amigo que estava visitando a Espanha pela primeira vez se juntou a nós em parte da viagem, resolvemos levá-los para tapear

Fomos ao Matador, um pequeno bar com tapas clássicas e preços muito bons. Posso dizer que começamos com o pé direito. Pedimos queijo curado, almôndegas, empanada, tostas e jamón. Tudo acompanhado por pão fresquinho. Como pedimos bebidas, também veio à mesa, por conta da casa – outro ótimo costume espanhol –, um porção de queijo de ovelha semi curado. Enfim, um banquete pra ninguém botar defeito. O ambiente é informal e descontraído e o atendimento é muito cordial. A conta deu menos de €60 euros para 4 pessoas comerem direitinho.

Para comer Bocadillos: Cervecería La Campana | Outra especialidade espanhola são os Bocadillos/sanduíches. Os recheios são os mais variados, desde presunto e queijo até os que provamos na tradicionalíssima Cervecería La Campana. Esse lugar com cara de boteco fica a, literais, dois passos da Plaza Mayor e tem toda a pinta de ser um pega-turista, mas não. Eles são conhecidos pelo Bocadillo de Calamares, o sanduíche de anéis de lula fritos. Mas tem alguns outros no cardápio: Lombo de porco, bacon, salsicha e chouriço são alguns deles. Para acompanhar, papas bravas ou as deliciosas papas ali-oli, que é uma espécie de maionese de batatas, mas no lugar da maionese, eles usam aioli, perfeito. 


Aqui também tem esse costume espanhol maravilhoso de pedir uma bebida vir um tira-gosto. No caso, recebemos um pratinho farto de deliciosas azeitonas – nunca recuse azeitonas na Espanha, elas são deliciosas! No La Campana é tudo bem informal, se for comer no salão, é preciso esperar para ser encaminhado para uma mesa, pedir no balcão, pagar e comer, bem ágil. Além de tudo ser muito gostoso, os preços praticados são ótimos. Os bocadillos custam €4 euros, as papas bravas saem por €5 euros e as porções são generosas.

Para almoçar um típico galeto português: Piri Piri Frango al Carbón | É português, mas brasileiro nenhum recusa um galetinho, né? Ali nas imediações da estação Tirso de Molina tem um frango honestíssimo feito na hora. Você escolhe o tamanho do galeto, o acompanhamento e o molho. Nós escolhemos um frango para dois, batatas fritas feitas na casa e o molho Piri-Piri doce (€17 euros). Confesso que não botamos muita fé, paramos lá mais por causa da fome que apertou, mas pagamos a língua. O galeto, assado na brasa, estava delicioso e o molho, meio picante, meio adocicado, foi certeiro. As batatas combinaram muito bem com o molhinho no fundo da travessa, delícia! Ainda tem Sagres bem geladinha para deixar a experiência luso-espanhola redonda, redonda.   

Para tomar café da manhã: Dale Café | Também nos arredores da estação Tirso de Molina, encontramos esse café vegano e resolvemos dar uma chance – apesar de não sermos veganos nem vegetarianos. O salão do Dale Café é pequeno, tem 3 ou 4 mesas para duas pessoas e descendo as escadas há uma mesa grande para dividir. Foi nessa mesa que nos acomodamos junto com mais um cliente que estava trabalhando. 


Antes de descer, porém, pedimos nosso combo “brunch” (€17 euros) que consistia em um café, um suco de laranja fresco, iogurte e um prato quente, que optamos por ser tostas de abacate e de queijo vegano com abóbora. Fomos positivamente surpreendidos pelo sabor dos pratos, tudo super bem elaborado, bem feito e bem servido. Não sobrou espaço nem para uma fatia de um dos bolos bonitos da vitrine. Recomendamos e repetiríamos essa deliciosa opção de café da manhã vegano em Madrid.

As duas próximas dicas saem um pouco da região da Plaza Mayor, mas valem a pena o deslocamento. Vão por mim!

Para comer autênticos tacos mexicanos a 1 euro: El Chulito | Nas cercanias da estação Puente de Vallecas (L1), coisa de uma caminhada de 300 metros, tem um verdadeiro portal onde você chega ao México. No El Chulito eles apostam na excentricidade e servem suas bebidas e comidas em pratos e copos inusitados e isso arranca um sorriso de 10 entre 10 clientes, acredite na estatística, nós comprovamos. 



O cardápio é enxuto e tem preços muito amigáveis. Além dos tacos, que partem de €1 euro, tem cachorro quente (€2 euros), que lá se chamam perritos, além de quesadillas (€3 euros). Mas nós ficamos só nos tacos mesmo, destaque para o Conchinita Pibil e o Pulled Pork. Os drinks (a partir de €6 euros) são muito gostosos e fartos, provamos vários: Mojito, Daiquiri de Fresa, Margarita Maracuya, Cóctel de la pasión… Chegamos a esse endereço despretensiosamente e fomos felizes com essa rápida viagem ao México e seus sabores.

Para tomar um café da manhã mais demorado: Gosto Café | No domingo, algumas boas horas antes de decolar rumo a Lisboa, nós fomos para a região da Malasaña – um bairro mais hypado da cidade, conhecido pela movimentada vida noturna. A ideia nada original era tomar um brunch em pleno domingo, então arriscamos visitar um dos endereços que eu já havia compartilhado aqui no blog. E, obviamente, em 7 anos as coisas mudaram, e se tornou impossível chegar de forma espontânea tanto ao Carmencita, quanto ao Restaurante Ojalá, que hoje se chama Ojalá Beach Bar. Sem reserva prévia demos com a cara na porta de dois endereços. Ao seguir para nossa terceira opção, passamos na frente de um café tranquilo, com poucas mesas ocupadas, até tivemos receio de que as outras estivessem reservadas. Mas por sorte nossa o Gosto Café não trabalha com reservas e fomos convidados a sentar e relaxar, um verdadeiro oásis. 



O cardápio é bem bom, tem opções de pratos quentes de ovos, pão de fermentação natural, bolos, panquecas, suco, bebidas quentes, enfim, tudo o que a gente precisava e, o melhor, sem fila de espera. Como estávamos acompanhados dos nossos amigos, o pedido foi grande. Vieram à mesa ovos com hummus (€12,90 euros), ovos turcos (€11,90 euros), ovos fritos com pão da casa (€9,50 euros), cafés e sucos. A conversa tava tão boa e o vento tão fresquinho aplacando os 33 graus que fazia lá fora, que perdemos a hora conversando. Resolvemos fazer um segundo round, com direito a bolo de cenoura (€5,90 euros) e mais café. Saímos contentes e satisfeitos em termos dado uma chance ao inesperado.

Rapha Aretakis

Viajante e sonhadora em tempo integral. Edito, escrevo e fotografo para o Raphanomundo desde 2010. Nascida no Recife, criada para o mundo, vivendo na Alemanha.

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